Disse-lhes Jesus uma parábola, sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer.
Na vida de intercessão nenhuma tentação é tão comum como a de deixar de perseverar. Começamos a orar por determinada coisa; apresentamos as nossas petições por um dia, uma semana, um mês; então, não recebendo ainda nenhuma resposta definida, desmaiamos, e cessamos inteiramente de orar sobre o assunto.
É uma falta de proporções incalculáveis. É nada mais nada menos que o velho costume pernicioso de começar as coisas e não acabar. Ele é prejudicial em todas as áreas da vida.
Quem forma o hábito de começar sem acabar, simplesmente formou o hábito de fracassar. Quem começa a orar por um assunto e não persiste até obter segurança da resposta, por sua vez está formando na vida de oração o mesmo hábito de fracasso.
Desanimar é fracassar. Esse fracasso produz desencorajamento e descrença na realidade da oração, e isto destrói a possibilidade de êxito.
Mas alguém dirá: "Então, por quanto tempo devemos orar? Não chegamos a um ponto em que devemos cessar de pedir e deixar o assunto nas mãos de Deus?"
A única resposta é: ore até receber o que pediu, ou então até ter a certeza, no coração, de que o receberá.
Só num desses dois casos deveríamos deixar de insistir, pois a oração não significa apenas recorrer a Deus, é também entrar em conflito com Satanás. E visto que Deus está usando a nossa intercessão como um poderoso fator de vitória nesse conflito, Ele somente, e não nós, deve decidir qual é o tempo de cessarmos com a nossa petição. Por isso, não paremos de orar enquanto a resposta não tiver vindo, ou enquanto não recebermos a certeza de que virá.
No primeiro caso, paramos porque vimos. No segundo, paramos porque cremos, e a fé do nosso coração é tão segura como a vista dos nossos olhos; pois é a fé vinda de Deus, em nós.
Cada vez mais, em nossa vida de oração, experimentaremos e reconheceremos esta certeza dada por Deus, e saberemos quando descansar tranquilamente nela ou quando continuar a pedir até receber. — The Practice of Prayer
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