"Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem". (Marcos (7:21-23). O que não é surpresa para ninguém é que o vício pode escravizar — e nós, como novas criaturas, precisamos lutar todos os dias para sermos pessoas livres. O vício acontece quando o sujeito não consegue largar determinado hábito ou consumo, mesmo quando tem ciência de que sua atitude é prejudicial. É isso mesmo: as pessoas viciadas ficam obcecadas e abrem mão de vários princípios para manter essa prática.
Seja qual for o vício, obviamente ele configura pecado. Os vícios tiram o equilíbrio e o bom senso de uma pessoa. Muitos vícios atentam contra o bom relacionamento de alguém; destroem a vida familiar; colocam o viciado em situações de risco, inclusive de morte; prejudicam a saúde e muitos outros.
O Espírito Santo aplica a obra de Cristo aos nossos corações e nos recria, dando-nos o nascimento e a liberdade celestes. Em sua primeira carta à igreja em Corinto, Paulo lista muitos tipos de pecadores – de fornicadores, adúlteros e homossexuais a ladrões e bêbados – e então declara: “Tais fostes alguns de vós” (6.11). Como essas ligações titânicas foram quebradas? O mesmo versículo explica que aqueles que antes estavam tão presos aos pecados ao ponto de serem definidos por eles agora foram lavados, separados e feitos justos em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito de Deus.
“Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos”? (Rm 6.16). O pecado nos escraviza. Convoca-nos à obediência e nos rendemos obedientes, entregando-nos aos seus caprichos. É exatamente assim que os vícios funcionam. Os vícios são senhores cruéis.
Oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade”, (Rm 6.19). Os vícios são maus porque é pecaminoso entregar-se a qualquer coisa que não seja o próprio Deus. Paulo diz que, embora os cristãos sejam livres para desfrutar de todas as boas dádivas de Deus (1Co 6.12), os crentes não devem ser dominados por algo que não seja Cristo. A escravidão do vício é pecaminosa por si só e leva a mais pecado.
"Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gálatas 5:13). Quando somos livres, não ficamos rendidos ou escravizados por esse tipo de situação, pois sempre mantemos o foco no Reino de Deus e nas coisas do alto. Saia de perto das tentações, pois assim fica mais difícil de cair. Veja o conselho de Paulo para Timóteo: "Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor" (Timóteo 2:22). A melhor forma de vencer essas dificuldades é não negociar com o pecado. A vontade de passar por cima do vício e ser mais forte que ele deve ser uma decisão firme e inegociável. Em alguns dias essa tarefa vai ser mais fácil, enquanto em outras será bem mais complicado. Por isso, seja inegociável com esses pontos e ofereça seu corpo e suas atitudes como um sacrifício vivo a Deus.
A oração é uma prática espiritual indispensável na vida de todo cristão. Quem sofre com tentações ou precisa buscar a libertação de cada uma delas encontra no relacionamento com Deus a força para seguir adiante. A oração faz com que seja mais fácil se desvincular dos prazeres deste mundo. Essa é uma maneira de se libertar dessas obsessões com mais facilidade, já que você encontra satisfação em outras esferas da sua vida. Andar com Deus é a melhor maneira de não ser atraído pelas coisas deste mundo. Ou seja, desenvolver a sua vida espiritual é um ponto que tem relação direta com a libertação dos vícios. Ter comunhão com o Deus, que é dono do Universo, traz alegria e plenitude para você. A própria Bíblia afirma que Jesus é a água-viva que sacia a nossa sede para sempre (João 4:11). Então, relacionar-se com Ele é uma das melhores maneiras de encontrar satisfação e felicidade com a vida que se está levando. Acredite: você não vai sentir falta de nada!
Ser liberto da escravidão ao pecado, no entanto, não é o fim da história. A conversão inaugura nossa batalha espiritual contra os desejos pecaminosos, e a Bíblia ensina muito sobre nossa necessidade de nos empenharmos diariamente nessa guerra, bem como sobre a natureza das armas de nossa guerra. O primeiro passo para se levantar é reconhecer que caiu e querer ser erguido aceitando ajuda para isso. A carne é fraca (Marcos 14.38), por isso precisamos tomar todo cuidado com ela para não nos enfraquecer mais ainda. O vício começa como uma primeira experiência e depois se torna algo que ocupa seu tempo, gasta seu dinheiro e limita seus relacionamentos e condição física. Ou seja, tira sua liberdade e a liberdade das pessoas ao seu redor. “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”. (Gálatas 5.13)
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. (I Coríntios 6.12). Você não nasceu com vício e não deve morrer por causa disso. Tudo que tenta te dominar pode se tornar algo vicioso. Tome muito cuidado com práticas que podem se tornar algo incontrolável. Se você já tem um vício, lembre-se que é importante desejar ser livre até que a vontade de sair seja maior que o próprio vício. Procure encontrar prazer em Deus de maneira que a alegria espiritual seja compensatória das carências que o vício tanta satisfazer de maneira ilusória. Palavra de Deus nos chama a fugir de nossas concupiscências naturais, que nos escravizariam de novo, e a fazer todo esforço para progredir na santificação.
A Bíblia promete que todos os que seguirem a Jesus terão um novo Senhor e, finalmente, conhecerão a libertação em relação a qualquer senhor do pecado. O Espírito aplica-nos a própria morte de Cristo ao pecado, capacitando-nos a morrer cada vez mais profundamente com ele e nele, a fim de viver cada vez mais profundamente com ele e nele para Deus. Como soldados disciplinados que vestem a armadura completa de Deus, devemos permanecer na luta (Ef 6. 10-18). Seja determinado a vencer o pecado, não negociando ou protelando a decisão para depois. Gostaria de ser liberto de um vício? Jesus Cristo pode e quer te libertar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário