A Bíblia mostra que a verdadeira prosperidade, em todos os sentidos, é um dom de Deus. Isso significa que Deus é a fonte das riquezas! Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é. Honramos alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer. A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus. Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17) e com alegria e gratidão.
É possível encontrarmos pessoas dispostas a sacrificar coisas importantes como consciência limpa e o bom nome, colocando-se numa condição suspeita e de risco. Isto acontece porque possuem uma perspectiva errada dos valores de Deus (Pv 11.1; 16.11). Alguns fazem uma paráfrase e dizem: “Fé, fé, negócios à parte”. Esta dualidade não é admissível na vida cristã.
Alguém pode contra argumentar: “Você não conhece a realidade do nosso país… Não sabe quanto é cobrado de imposto… Nem como administrar um trabalhador… Não dá para agir como a Bíblia diz”. Creia que o Deus a quem servimos é verdadeiro, poderoso, e que vale a pena viver dentro da Sua vontade (leia Pv 11.18). Moisés afirma que é Deus quem dá a força necessária para que alguém adquira riquezas. O rei Davi louva ao Senhor e confessando que todas as riquezas estão sob seu controle (1 Crônicas 29:10-14). Através do ministério do profeta Ageu, o próprio Deus declara: “Minha é a prata e meu é o ouro” (Ageu 2:8).
Jesus não censura as riquezas, mas condena o amor a elas. Isto fica muito claro quando Ele adverte que não se pode servir a dois senhores; ou alguém serve a Deus, ou serve às riquezas (Lucas 16). A Bíblia mostra que de Deus provém a prosperidade e as riquezas, ela também adverte contra os perigos de alguém se tornar amante delas. São muitos os textos bíblicos que condenam a avareza e o amor ao dinheiro. “Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: Nunca o deixarei, nunca o abandonarei” (Hebreus 13:5).
O apóstolo Paulo escreve a Timóteo alertando que o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males. O apóstolo enfatiza que os cristãos devem resistir a esse comportamento de cobiça que é tão prejudicial (1 Timóteo 6:10). Deus cuida de seu povo, e até estabelece uma relação entre a prosperidade financeira e a ação divina, visto que Deus é a fonte de toda riqueza. No Antigo Testamento o povo de Israel identificava a prosperidade como um sinal da aprovação do Senhor. A própria aliança de Deus com os israelitas contemplava essa conexão entre bênção e obediência.
Jesus diz que o Pai “faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e derrama a chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:45). Esse favor divino é chamado de graça comum. É justamente essa verdade que muitos procuram ignorar. Isto porque esse ensinamento bíblico implica numa questão muito importante: não se pode comprar o favor divino! A verdadeira prosperidade do justo está além desta vida, enquanto que a prosperidade do ímpio é apenas terrena e temporal (Salmo 73).
O apóstolo Paulo também ensina que os cristãos devem contribuir alegremente, abundantemente e proporcionalmente à sua renda (1 Coríntios 16:1,2). No entanto, toda a contribuição para a obra do Senhor nunca deve ser feita como um tipo de barganha para se ter uma vida financeira próspera. Nossos dízimos e ofertas devem ser um tipo de adoração, um louvor que expressa nossa gratidão pelas bênçãos de Deus. É inegável que faz parte da vida financeira do cristão a contribuição com a obra do Senhor. A verdade de que somos chamados a custear o avanço do reino de
O trabalho como um mandamento divino, e como sendo a forma correta de obter rendimentos financeiros (Deuteronômio 5:13; cf. Gênesis 1:26-31). O livro de Provérbios diz que “todo trabalho árduo traz proveito, mas o só falar leva à pobreza” (Provérbios 14:23). É o trabalho que garante o sustento digno do homem (Provérbios 28:19). Nesse sentido, o sábio alerta que “a riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem ajunta com o próprio trabalho a aumentará” (Provérbios 13:11).
A vida financeira deve ser planejada, e isto é um princípio bíblico. Praticar o planejamento financeiro não é falta de fé ou duvidar do cuidado divino, mas é obedecer à própria Palavra de Deus. Tiago ensina que o planejamento correto é aquele que considera a soberania divina. Isso significa que devemos planejar, mas não podemos nos esquecer de que somos dependentes e submissos à vontade de Deus (Tiago 4:13-15).
A Bíblia Sagrada sempre incentiva o estudo e até aponta seu papel fundamental na construção de bens e gestão da vida financeira. No livro de Provérbios lemos um importante conselho: “Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece; e pelo conhecimento os cômodos ficam repletos do que é precioso e agradável” (Provérbios 24:3,4). Ao colocarmos nossos recursos à disposição do reino de Deus, estamos honrando ao Senhor
“Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo” (Lucas 6:38; cf. 2 Coríntios 9:6). A generosidade e as contribuições não servem como forma de barganhar com Deus. Se Deus promete recompensar aquele que age com generosidade, isto se deve ao seu favor gracioso (Provérbios 11:25). Essa recompensa, porém, não necessariamente vira nesta vida terrena. Que possamos então entender a relação entre ética cristã e vida financeira, a fim de que saibamos lidar com o verdadeiro conceito de prosperidade à luz da Palavra de Deus.
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