Vida material com Cristo.
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Filipenses 4:6-13).
A vida de Abraão, Isaque, Israel, José, Davi e tantos outros personagens bíblicos encontrados no antigo testamento mostram que verdadeiramente Deus abençoava e muito a vida dos herdeiros da promessa, e as palavras de Deus em Deuteronômios 28 deixa isso bem claro, quando olhamos a vida da nação de Israel quando estavam próximos de Deus, e quando estavam distantes de Deus.
“Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas”. (Mateus 6:32). Salomão é um grande exemplo a esse respeito, seu coração e temor o fez pedir sabedoria para cuidar do povo de Deus, e por isso Deus o fez o homem mais sábio e também mais rico (1 Reis 3:11-13). Vemos Elias, que subiu em uma carruagem de fogo e não passou pela morte; O que dizer de Elizeu, homem que não tinha casa, dormia num quarto feito por um casal que via que o homem de Deus não tinha onde se deitar; E Isaias, andou pelado e descalço por 3 anos; Paulo é um grande exemplo de contentamento. Quando se converteu, passou a fazer rede para ter o sustento do seu ministério, foi perseguido, apedrejado. Teve fartura, e passou por necessidade, mas permaneceu em Cristo e ele pôde dizer com propriedade: "Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo". 1 Coríntios 11:1. Mas, tenhamos cuidados, pois com Deus não se barganha.
No sermão do monte Jesus nos diz que não devemos nos preocupar com as contas, com o supermercado, com a roupa dos filhos, pois Deus sabe do que precisamos e irá nos dar o que precisamos. O sermão mais famoso de Jesus não diz que Deus iria dar tudo o que queremos, mas que o Pai nos daria tudo o que precisamos.
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (Atos 4:32). Jesus nos diz que o Pai daria o Espírito Santo a todos, e o exemplo que temos dos homens cheios do Espírito Santo é a divisão, não o individualismo. O individualismo cresce a cada dia, e os menos favorecidos são excluídos da comunhão fora do templo, pois não podem contribuir. Você partilha do que tem com os que menos tem? Quando Deus lhe abençoa com um carro, com um melhor salário, com mais posses, você cumpre a orientação bíblica e coloca o que você administra para uso do reino e do seu próximo? Vivemos dias que as pessoas caminham para a mesma direção, mas um de carro e outro a pé, indiferente. Vivemos dias que buscamos enriquecer, ter mais dinheiro para poder dar o maior dízimo, e gozar a vontade do que sobra. Vivemos dias de busca pessoal pelo material, mas pouco ou nada buscamos ter uma vida de santidade, de amor ao próximo, de praticar o que a Bíblia nos ensina.
Lucas 12:20 Devemos crer que Deus dá riqueza material aos homens sim, mas isso não quer dizer que ele seja mais ou menos espiritual do que outro que passa por dificuldades. Cada um tem sua experiência pessoal com Deus, é pessoal e individual. Da mesma forma, Deus também permite que venhamos a passar por momentos difíceis na vida, para nosso crescimento e amadurecimento, mas isso não quer dizer que esse seja mais ou menos espiritual.
Precisamos confiar que Deus controla a nossa vida e nada, nada mesmo, chega até nós sem antes passar pela permissão de Deus. Lembremos de Jó, homem reto e servo fiel de Deus, mas o Senhor permitiu satanás provasse a fidelidade de Jó. Ele o fez e Jó honrou o Senhor em meio a todas as dificuldades. Os amigos de Jó procuravam alguma razão ou pecado nele para todas aquelas coisas, mas não havia, era a vontade permissiva de Deus.
Moisés cresceu e amadureceu mais no deserto do que dentro do palácio. Os apóstolos se alegravam das perseguições e dos açoites, pois não negavam o nome de Jesus e por isso passavam por mais perseguições, mas cada vez eram mais afirmados e seus testemunhos chegam até nossos dias. Que assim também sejamos nós, fiéis no pouco e no muito. Não negocie os princípios de Deus para obter riquezas, honre ao Senhor, mesmo que isso lhe custe sua vida, “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.“ (Mateus 16:25).
A vida de um cristão gira em torno de crescer "na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (2 Pedro 3:18). Isso nos ensina que a vida abundante é um processo contínuo de aprender, praticar e amadurecer, bem como de falhar, recuperar, ajustar, resistir e superar porque, em nosso estado atual, "vemos como em espelho, obscuramente" (1 Coríntios 13:12). Um dia veremos a Deus face a face, e vamos conhecê-lo completamente, assim como também seremos conhecidos completamente (1 Coríntios 13:12). Não mais lutaremos contra o pecado e a dúvida. Esta será a vida abundante finalmente cumprida.
Vida abundante é a vida eterna, uma vida que se inicia no momento em que vimos a Cristo e o recebemos como Salvador, e essa vida dura por toda a eternidade. A definição bíblica da vida - a vida eterna especificamente - é fornecida pelo próprio Jesus: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3). Esta definição não menciona quantidade de dias, saúde, prosperidade, família ou ocupação. Na verdade, a única coisa que menciona é o conhecimento de Deus, que é a chave para uma vida verdadeiramente abundante.
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2). Assim como nos tornamos novas criações quando viemos a Cristo (2 Coríntios 5:17), então o nosso entendimento de "abundância" deve ser transformado. A vida abundante verdadeira consiste de uma abundância de amor, alegria, paz e o restante dos frutos do Espírito (Gálatas 5:22-23), e não uma grande quantidade de "coisas". Trata-se da vida que é eterna e, portanto, o nosso interesse está no que é eterno, e não temporal. Paulo nos adverte: "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus" (Colossenses 3:2-3). Que tenhamos contentamento e fé, que mesmo que não seja agradável aos nossos olhos, estejamos firmados em Cristo, sabendo que Deus é o Senhor da nossa vida, e que sua vontade é boa, perfeita e agradável.
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